Resenha "Crimes Perfeitos deixam suspeitos" de Luiza Helena Caporalli
- Uiara Mei

- 26 de dez. de 2024
- 5 min de leitura
E você achou que não publicaria mais nada antes do “The End” de 2024? Pois cá estou para compartilhar uma resenha de tirar o fôlego sobre um livro que fisga o leitor com uma narrativa envolvente e um plot twist de cair o queixo.
Descobri esta obra incrível durante o evento "Encha o meu Kindle" de 2024. Apesar de não ser adepta do gênero policial, algo nesse livro me fez insistir – e valeu muito a pena.

A personagem caótica que rouba a cena
A protagonista, Alana Bassi, é uma figura caótica, viciada em emoções intensas e dotada de uma criatividade perigosa. É difícil definir se Alana é vítima ou vilã – e essa ambiguidade é parte do que torna o enredo tão cativante.
Alana Bassi, autora do best-seller Crimes Perfeitos deixam suspeitos , vive em Penha do Rio Coral, uma pequena cidade repleta de mistérios e intrigas. Sua vida é marcada por escândalos políticos familiares e um passado conturbado. Mas é em julho de 2010 que tudo muda: uma morte misteriosa a coloca no centro de uma teia de segredos, rancores e reviravoltas inesperadas.
"Entre 'te amo' e 'me arrependo', fiquei com o amor de minha vida até o momento de sua morte.
Alana Bssi, página 207
Uma trama que conecta passado e presente
O livro não é apenas uma história de mistério; é também uma reflexão sobre as complexidades humanas. A autora usa habilmente elementos do passado para enriquecer o enredo e dar profundidade à narrativa.
Personagens como Miguel, Leo, Sônia e Isabela acrescentam camadas à trama, oferecendo perspectivas e conflitos que alimentam a tensão do leitor. Os diálogos, repletos de nuances, e as descrições detalhadas da cidade pequena e de seus habitantes tornam a ambientação vívida e imersiva.
Amor, ódio e reflexões sociais
Com Alana, somos levados a questionar os limites entre o amor e o ódio – sentimentos que caminham juntos ao longo da história. Sua infância difícil, com um pai violento e uma mãe ausente, molda sua personalidade de forma intrigante.
A narrativa também aborda questões sociais e comportamentais, como rejeição, abuso emocional e a busca por identidade. Esses temas tornam o livro mais do que um simples mistério policial; é uma obra que provoca reflexões coletivas e pessoais.
Um final em aberto que clama por continuação
O desfecho é de tirar o fôlego e deixa várias perguntas no ar:
"Estou contando os dias até ir para Portugal matar meu pai. Quem sabe não descubro sobre minha mãe e encontro uma nova família?"
Alana Bassi, página 207-208
Será que Alana é uma vítima das circunstâncias ou uma mercenária fria? A autora deixa pistas suficientes para aguçar a curiosidade do leitor e nos fazer ansiar por uma continuação.
Por que você deve ler este livro policial e de mistério
Se você gosta de narrativas intensas, personagens complexos e um mistério que o fará virar as páginas compulsivamente, este livro é para você. A trama, repleta de reviravoltas, reflexões e tensão, é um prato cheio para fãs do gênero e uma grata surpresa até para quem, como eu, não tem o costume de lê-lo.
Não espere mais! Descubra os segredos de Penha do Rio Coral e embarque nessa história onde nada é o que parece.
Gostei tanto da história que tive que fazer algumas a autora da bora Luiza Helena Caporalli leia abaixo.

UM: Quem é Luiza Helena Caporalli?
LC: Luiza Caporalli é economista de formação, mas atua como jornalista há cinco anos - e agora está no último ano da faculdade de jornalismo. É escritora publicada há um ano e meio, mas suas histórias nasceram bem antes disso, basicamente desde que lia histórias da Turma da Mônica e ficava criando variações de aventuras da turminha com a avó. Apaixonada por animais, Luiza tem quatro vira latinhas em casa e duas calopsitas (todos vivem em harmonia). E por último, mas definitivamente não menos importante, Luiza é fã de carteirinha de Taylor Swift.
UM: Qual foi a inspiração para escrever o “Crimes Prefeitos deixam suspeitos”?
LC: Tudo começou quando estava entrevistando uma autora local que se preparava para lançar o primeiro livro físico, durante a entrevista ela me motivou a publicar minhas histórias. Na época eu tinha uma em andamento (que inclusive publiquei esse ano: O (não) manual do namoro online), mas eu estava muito apegada emocionalmente a ela e sabia que não seria bom para minha carreira começar com uma obra que eu tivesse um carinho tão grande por. No mesmo ano em que fiz essa entrevista, iniciei um curso de “escrita de romance policial” e comecei a desenvolver CPDS (Crimes Perfeitos Deixam Suspeitos) nele. A ideia surgiu quando vi a notícia de que uma mulher que havia escrito um livro chamado “Como matar seu marido” estava sendo acusada de matar seu marido de verdade. Meu objetivo ali era criar algo novo, que fosse um bom pontapé inicial para iniciar minha carreira e que eu não fosse tão apegada a ponto de não saber lidar com críticas negativas.
UM: O que te inspirou a criar a personagem Alana?
LC: Alana é o anti-herói de sua própria história. Acho que desenvolver um personagem complexo, cheio de camadas que expliquem o porquê dela agir de certa forma seria imprescindível pro que eu gostaria de retratar no livro. Também acho que, apesar de explicar, não justifica - e isso é muito importante que o leitor entenda. Um exercício que eu fazia enquanto escrevia a Alana era me perguntar o que eu faria no lugar dela, e então escrever tudo ao contrário.
UM: Você lê escritores brasileiros?
LC: Sim! Mas confesso que não costumo ler nada clássico, gosto de contemporaneidade, gosto de ler outras escritoras independentes e saber o que está em alta.
UM: Quais gêneros literários você mais gosta de escrever?
LC: Gosto muito de escrever suspense, principalmente voltados a crimes. Mas também sou apaixonada por um romance.
UM: Como você vê o cenário literário hoje?
LC: Olha, embora as pesquisas mais recentes mostrem que há menos leitores ativos no Brasil, eu vejo o cenário com muito bons olhos. Pode ser que eu esteja em uma bolha literária? Com certeza. Mas sinto que os jovens de hoje em dia são muito engajados na literatura - a gente só precisa saber conversar com eles e com o que eles desejam consumir.
UM: Qual é o seu objetivo como escritora?
LC: Meu objetivo mais surreal é ver uma obra minha virando uma adaptação audiovisual hehe. Mas meu objetivo mais plausível, que eu fecho os olhos antes de dormir e me imagino alcançando é me manter estável na lista dos mais vendidos. Em poucas palavras: me tornar uma best seller.
Você pode encontrar "Crimes Perfeitos - deixam suspeitos" e outras obras da Luiza Helena Caporelli na Amazon.
Siga a autora no Instagram: @luizacaporalli.livros
Eu li no formato: Ebook
Idioma: Português
Avaliação: 5 ⭐
Gostou da resenha, já leu o livro? Deixe o seu feedback nos comentários!
Se inscreva no site e me visite nas redes @uiaramei
Até a próxima página!










Comentários